quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
O VÍRUS CR
Coeficiente de rendimento – CR, não imaginava que a paranóia em torno dessas duas letras fosse tão grande e pudesse ser tão contagiosa.
O VÍRUS CR! Se ainda não contraiu, afaste-se o máximo possível e tome todas as precauções para não contrair.
São tantas as especulações sobre o assunto que fico tonta em pensar. “Conta a partir do primeiro ano” dizem alguns, “Nada disso, só a partir do terceiro” dizem outros. E eu que passei o ano inteiro sem saber que essa praga existia fico aqui, doente com os acontecimentos.
Acontecimento 1: Prova prática de histologia P4. Um burburinho toma conta da ante-sala, alguns colegas com celulares recebem o gabarito que esta sendo passado pelos monitores. Pow!!! Tenho uma dificuldade enorme com as cores, estudo antecipadamente para as aulas práticas, aprendo todas as lâminas com um esforço surreal, pra chegar no dia da prova e ser literalmente passada para trás. No final, as notas é que constituem o CR, e os coleguinhas que não estudaram e não sabem nada ficam com nota igual ou melhor que a minha. Não, isso não é justo! Enquanto aos monitores que transmitem as informações não tem ética e nem moral pra estarem onde estão. Monitor é pra ajudar durante o estudo, não pra passar “cola” no momento da prova.
Acontecimento 2: Prova teórica de Embriologia. Os monitores auxiliam a professora Mara Ibis durante a aplicação das provas, e além disso transmitem o gabarito para aqueles alunos que querem se tornar médicos. Me questiono é onde fica a honestidade, a ética, a decência, no comportamento e na personalidade dessas pessoas. E O MEU CR!!! Estudo muito o ano todo, me esforço ainda mais nos períodos de avaliação, e na hora de desempatar o PET, minhas notas serão iguais ou piores que a dessas pessoas.
Acontecimento 3: Prova prática de Anatomia. Poderia dizer tudo novamente, mas seria redundante.
E esses são alguns exemplos dos muitos que poderia estar citando aqui.
Já que o sistema é esse, e que tenho que me submeter ao SISTEMA E AS NORMAS VIGENTES, que elas sejam aplicadas com rigor e para todos indistintamente.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O Ato Motor Voluntário
Diante das técnicas “sofisticadas” de consulta durante as avaliações na faculdade – chego a uma conclusão: nem sempre a tecnologia é a melhor forma de realizar procedimentos tão primitivos.
Por isso, para não deixar o Ovelha (conhecido por aqui como Pastor Marcus) de boca aberta...
Que tal experimentar algo mais comum?
Ou até mesmo Moderno:
De toda forma “O ATO MOTOR VOLUNTÁRIO” já entrou na história do 1º ano de Medicina da FMP de 2009.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Neuro Verminoses
TERCEIRO MUNDO
CONCEITO ULTRAPASSADO
REALIDADE DESCONCERTANTE
ATUAL REALIDADE
NOS FORMAMOS PARA QUE?
ATENDER A REALIDADE DO PRIMEIRO MUNDO OU NOSSA REALIDADE?
VERMINOSE CAUSA COMPROMETIMENTOS NEUROLOGICOS!
E NÃO É UMA REALIDADE TÃO DISTANTE, ENCRAVADA NOS CONFINS DO NORDESTE OU NORTE DO PAÍS.
Estima-se que 50 milhões de indivíduos estejam infectados pelo complexo teníase/cisticercose no mundo e que 50.000 morrem a cada ano. Em Ribeirão Preto, no Brasil, diagnosticou-se a neurocisticercose em 7,5% dos pacientes admitidos em enfermaria de neurologia. As manifestações clínicas incluem crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica, distúrbios psíquicos, forma apoplética ou endarterítica e síndrome medular. A gravidade da doença pode ser ajuizada pela sua letalidade que varia de 16,4% a 25,9%.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 34(3): 283-290, mai-jun, 2001.
CONCEITO ULTRAPASSADO
REALIDADE DESCONCERTANTE
ATUAL REALIDADE
NOS FORMAMOS PARA QUE?
ATENDER A REALIDADE DO PRIMEIRO MUNDO OU NOSSA REALIDADE?
VERMINOSE CAUSA COMPROMETIMENTOS NEUROLOGICOS!
E NÃO É UMA REALIDADE TÃO DISTANTE, ENCRAVADA NOS CONFINS DO NORDESTE OU NORTE DO PAÍS.
Estima-se que 50 milhões de indivíduos estejam infectados pelo complexo teníase/cisticercose no mundo e que 50.000 morrem a cada ano. Em Ribeirão Preto, no Brasil, diagnosticou-se a neurocisticercose em 7,5% dos pacientes admitidos em enfermaria de neurologia. As manifestações clínicas incluem crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica, distúrbios psíquicos, forma apoplética ou endarterítica e síndrome medular. A gravidade da doença pode ser ajuizada pela sua letalidade que varia de 16,4% a 25,9%.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 34(3): 283-290, mai-jun, 2001.
Neurocisticercose
Osvaldo M. Takayanagui e João P. Leite
A neuroesquistossomose é uma complicação ectópica da esquistossomose, sendo cada vez mais relatada na literatura médica. Tal fato ocorre porque a incidência dessa complicação neurológica oscila entre 0,4% a 3% dos pacientes com esquistossomose e no Brasil há cerca de 16 milhões de esquistossomóticos. A forma de apresentação clínica da neuroesquistossomose mansônica varia com o estágio de evolução da esquistossomose. Na forma intestinal e hepatointestinal, o comprometimento raquimedular é mais freqüente. Já a neuroesquistossomose encefálica ocorre mais freqüentemente nos pacientes com hipertensão portal e/ou pulmonar.
Rev. Neurociências 9(1): 27-31, 2001
Neuroesquistossomose
Sandro Luiz de Andrade Matas
Osvaldo M. Takayanagui e João P. Leite
A neuroesquistossomose é uma complicação ectópica da esquistossomose, sendo cada vez mais relatada na literatura médica. Tal fato ocorre porque a incidência dessa complicação neurológica oscila entre 0,4% a 3% dos pacientes com esquistossomose e no Brasil há cerca de 16 milhões de esquistossomóticos. A forma de apresentação clínica da neuroesquistossomose mansônica varia com o estágio de evolução da esquistossomose. Na forma intestinal e hepatointestinal, o comprometimento raquimedular é mais freqüente. Já a neuroesquistossomose encefálica ocorre mais freqüentemente nos pacientes com hipertensão portal e/ou pulmonar.
Rev. Neurociências 9(1): 27-31, 2001
Neuroesquistossomose
Sandro Luiz de Andrade Matas
Cisticercose Intramedular nas duas primeiras imagens
e Cisto de Tenia Solium no Cérebro.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Relembrando
“Doutores, os males não são Urbanos, Doutores...
Os males Doutores, os males são Humanos!”
Os males Doutores, os males são Humanos!”
Professor Otílio Machado
Isso no meio da “Maratona Cientifica”, repleta daquelas palestras método bancário: o cara lá falando, falando, falando e a gente sentado ouvindo, lutando contra o sono, contra o tédio, contra o monte de coisas que todo mundo sabe que acontecem quando temos que ficar horas ouvindo passivamente outros falarem.
Em meio a uma dessas Palestras, que a gente fica esperando ficar boa e espera, espera, espera... A palestra acaba e... Daí surge o Professor Otílio Machado e dá o show esperado em apenas alguns minutos! Por isso vale a pena recordar.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Terapia Fast Food
TERAPIA INTENSIVA – Resta saber qual horário do “TURNO INTEGRAL” de Medicina do Primeiro Ano estará disponível para nós alunos procurarmos esse atendimento.
Segundo sugestões: “Na hora do almoço – você se alimenta de terapia”.
TERAPIA FAST FOOD!
Segundo sugestões: “Na hora do almoço – você se alimenta de terapia”.
TERAPIA FAST FOOD!
terça-feira, 7 de julho de 2009
O Elemento X
Temos uma disciplina na faculdade ministrada por uma dupla de professores. Apesar do jaleco e dos jargões típicos dos bioquímicos, logo os imagino vestindo a calça de peão de currutela e cantando “No dia em que sai de casa minha mãe me disse...”
Leandro e Leonardo, Chitão e Xororó, Chrystian e Ralf, Gino e Geno, Rionegro e Solimões, Pena Branca e Xavantinho. Os nossos protagonistas, Paulo e Xandão, seguem a mesma lógica das famosas duplas de “Goiás”, isto é, um maninho ajuizado e outro sem noção. Um dia ainda verei a dupla carioca trabalhando junto com os “cumpadi goiano” no programa “Amigos”, nem que seja na equipe médica.
Voltando do meu devaneio breganejo...
Os dias na faculdade são cansativos, mas não monótonos.
Em um dia uma exposição sobre a legalidade do aborto...
No outro alguns elétrons saltando de átomos...
Mais tarde umas vias ultra mega metabólicas...
E nossa dupla segue, na FMP, dedicada a ensinar as vias, os ciclos, e todas as formas que o nosso corpo encontra para “facilitar” (para ele é claro, porque para nós, estudar toda essa via crucis é um tanto penoso) o objetivo final de nos manter vivos e ativos.
Nossas células cortam um dobrado para dar conta do recado enquanto nós, estudantes assoberbados, temos que desfilar o rosário tentando entender todas as voltas que dão para chegar ao produto final, produto por vezes bem mais simples que algumas canções de dor de cotovelo.
Enfim o ciclo de Krebs, que recebe o nome de outro alemão! (Mas os alemães ainda terão um texto só para eles)
E lá vai o pobre piruvato entrando na danada da mitocôndria...
É o inicio de uma das mais encantadoras formas de obtenção de energia das células. Porém, no meio das isomerases, das enzimas que fazem e refazem, dos produtos que se interconvertem, lá para o meio do segundo tempo de aula, eis que surge mais uma das fantásticas analogias, diga-se de passagem, “bastante análogas” da parte sem noção (no bom sentido) da dupla:
“Os intermediários do ciclo de Krebs têm função mais nobre que a de Joana D’arck.”
Interrogações preencheram minha cabeça. Mas fui logo saciada.
“É gente, tem função mais nobre que a de somente lenha para a fogueira.”
Nesse momento não pude deixar de exclamar um “Nossa, que absurdo!”. Porém a tentativa de entreter a turma com uma “piada” mesmo que macabra me conquistou! Como não se divertir? Ainda mais com as paradas para tomar aquele fôlego e concluir, ou continuar um pensamento do nosso distinto “cantofessor”.
O absurdo da analogia nos conduziu a uma serie de comentários e citações que deixariam alguns teóricos da área de humanas consternados.
A origem da vida a partir da sopa de aminoácidos foi até colocada em pauta. E surgiu no meio das duvidas o Elemento X.
Tivemos citação de Albert Einstein (Afe! Outro Alemão): “Deus não joga dados ao acaso”. Retrucada por uma sonora voz que surgiu do fundo da sala: “Deus não só joga dados como também esconde um”, falou um colega de classe citando outro desses teóricos que nem vou procurar saber quem foi (tenho medo que seja outro alemão!).
No final de tudo, minha mente já divagava, e Deus estava jogando truco com ele mesmo durante a criação e ainda escondia uma “carta na manga”.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
O Silvio pergunta: E a xerox?
A faculdade é nota 5 (máxima na avaliação do MEC), a pressão sobre nossas cabeças nota 10, mas a “Xerox”...
A “Xerox” da faculdade: aquele local encravado na parede perto da biblioteca, com um vidro sobre o balcão (até ontem não entendia o porquê daquele vidro)...
A “Xerox” da faculdade testa a capacidade cristã, testa todos os valores que nos foram ensinados, que tentamos exercer como humanos e futuramente como médicos...
Acho que nesse semestre o local onde passei por provas mais difíceis foi na Xerox da FASE, mais difíceis que as enfrentadas no anatômico ou nas avaliações do “Pastor Marcus” (e este último ainda tem uma igreja invisível).
As provas cristãs de paciência, amor ao próximo e compaixão com a ignorância alheia. E confesso que nem sempre tirei nota 10.
Segunda minha sábia mãe, que esta há mais de mil quilômetros de distância: “Falta de qualificação mesmo para lidar com os clientes”.
Enfim compreendi a função daquele vidro sobre o balcão: é a única “pseudo-proteção” existente para o pobre funcionário comentarista e sem noção, que acredita deter um “pseudo-poder” proporcionado pela máquina de fazer copias!
Talvez não fosse necessária a proteção, se o “Pseudo-xerocador” fosse qualificado para a função de servir a nós, consumidores do serviço de educação oferecido pela FASE e, comprado pela “modesta” quantia de R$ 2.554,00 mensais.
Como fez o MEC, a FASE deveria também avaliar. Avaliar melhor os serviços oferecidos através de uma terceirização que não capacita adequadamente os seus funcionários.
domingo, 31 de maio de 2009
Enquanto Isso...
Na cidade de Petrópolis, em meio ao frio e as aulas que duram o dia inteiro, ouço as pérolas ditas pelos colegas de classe:
ALUNO 1 – O médico que se formou em 3 meses
Aula de Anatomia, o “little teacher” expressa sua opinião, e interrompe meu devaneio pelos neurônios sensitivos muito loucos que emitem prolongamentos para dois lados diferentes. Estava com o pensamento no meio da “dança do ventre - indiana” realizada pelas sobrecarregadas células.
A opinião do “teacher carro velho” não é digna de nota, mas após expressa-la ouvi um ruído a minha esquerda.
- Eu mesmo sou capaz de diagnosticar uma morte encefálica.
Um tanto incrédula, resolvi conferir o que tinha ouvido. Voltei-me para trás e perguntei:
- Se você estiver em frente a um paciente, hoje, você se senti capaz de dizer com certeza se ele tem ou não uma morte encefálica?
Estiquei bem o pescoço, tentando colocar o ouvido bem perto para me acertar da resposta.
- Sim, me considero capaz de diagnosticar uma morte encefálica.
- Porra, você é o cara! Deixei escapar sem querer.
Voltei-me para frente, pensei novamente no esforço dos neurônios e sonhei com o dia em que serei um Mestre Jedi.
ALUNO 2: A Legista
Estávamos sendo bombardeados por uma infinidade de prefixos. Tentava me desviar do Pare-, da Anes-, da Hiper-, do Hipo-, do Mono-, do Tetra-, mas a Plegia me alcançou. O Ictérico professor despejava sobre nossos ombros as cores e os seus nomes técnicos. Só a pupila e suas variações tomaram cerca de meia hora da fala. Até que um rubor apareceu em sua face, então desafiou a turma:
- Como saber se um paciente esta morto?
Diagnóstico de morte por Valery: Em caso de dúvida se o morto esta morto mesmo, você mete um Beliscão, se reagir Viva, se não Enterre!
Simples assim!
Simples assim!
OTTO LOEWI (Parte I)
Em Petrópolis... Entre uma aula e outra, uma matéria e outra, um professor e outro, eis que surge “O Pastor Marcus e sua Igreja Invisível”. Com o Pastor vem uma leva de nomes póstumos, mais nome de teóricos que os nomes contidos no velho testamento bíblico. É morto alemão, francês, inglês, americano, indiano, iraquiano, morto de tudo que é lugar, e que antes de morrer resolveu deixar uma teoria pra gente que estuda como doido quebrar a cabeça tentando entender. Assim, começo com um póstumo alemão.
OTTO LOEWI (Parte I)
O entediado Loewi, cansado da mesmice farmacológica de 12 anos trabalhando com o antigo Sistema Nervoso Vegetativo. Em um dia de verão na Áustria, com um calor escaldante de -5ºC, levantou do seu sofá onde tomava sol pra ver se pegava um bronze, e resolveu que iria encher o saco dos estudantes de Graz:
- Gute Idee!
Como não tinha nada mais interessante para fazer foi ser professor universitário. Já andava meio lesado pelos efeitos colaterais de seu trabalho com a farmacologia...
Certa noite dormia tranqüilo e sereno quando acordou assustado, arregalou os olhos, acabara de ter uma visão:
- Gute Idee!
Em plena madrugada correu para o laboratório temendo esquecer a grande idéia enviada pelo sonho. Nervoso e empolgado resolveu se distrair matando alguns sapinhos.
O perturbado alemão retirou com meticulosidade o coração de dois inofensivos bichinhos que, até dias atrás brincavam felizes na lagoa.
Sem se preocupar com os restos mortais daquelas pequenas criaturas, pegou a parte do corpo que lhe interessava e deu inicio ao seu experimento.
Passavam das 3 da madrugada, mas o Judeu não tinha medo do trabalho e continuou sua saga.
Colocou os coraçõezinhos em uma solução fisiológica em temperatura próxima a temperatura do corpo do sapinho, enganando os pobres órgãos que continuaram a bater.
Comprovou cientificamente o que o Francês Pascal no século XVII já afirmava: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Pois é, mesmo sem o cérebro, a razão, o danado continuava funcionando.
PS: continua... Continua quando eu tiver um tempo pra estudar seriamente a matéria novamente!!! =)
OTTO LOEWI (Parte II)
O arrebatador de ovelhas “Pastor Marcus” merece um capítulo a parte em meio a toda Biofísica, porém a pré-matura convivência só me permite questionar:
- Terá ele um cão pastor para nos guiar?
Também não entendo muito do assunto de pastoreio, o pouco que sei aprendi no cinema com a Lassie e Baby “o porquinho camarada”: - Vai carneiro ovelha... Blá, blá, blá. E também em casa com um Pastor Alemão com o qual convivo há quase 10 anos.
Mas, falando em Pastor e em Alemão...
OTTO LOEWI (Parte II)
Empolgado com a comprovação cientifica da citação poética, nosso adorado alemão continuou sua diversão com os coraçõezinhos dos finados sapinhos.
Ergueu sua pinça ao alto, como quem ergue uma espada, observou por alguns segundos e escolheu a parte do coração com a qual continuaria se entretendo madrugada adentro. Pinçou o Nervo Vago de um dos corações e o estimulou.
Fico me perguntando: Como? Deve ter dado um choque daqueles, ainda bem que os sapinhos já estavam no Brejo do Céu.
Loewi fiçou eufórico ao notar que o pobre órgão foi parando de bater. Não satisfeito com apenas um, estendeu seu experimento ao outro, enfiou um cano ligando os dois corações e eletrocutou o nervo vago do primeiro, momentos depois o segundo coração também foi parando de bater. Efeito que causou taquicardia no coração do próprio Otto.
Nesse momento, o alemão já imaginava a explicação para o acontecido. Inclusive já sabia até o nome da solução da questão.
- Gute Idee!
Pensou ele relacionando a macabra experiência e seu efeito sobre os corações dos sapinhos com a ação de uma substância. Modesto, (característica incomum aos alemães) resolveu intitular a Solução por um nome genérico, porém pomposo: Vagusstoff.
Mas a saga do nosso cientista estava apenas começando...
Eram tempos de guerra, Hitler subia ao poder e colocava em prática algumas idéias de superioridade da raça pura ariana. O exército do terceiro Reich avançava. E judeus como o Loewi, mesmo que danados de inteligentes e “malvados” tiveram seu destino traçado pelo Führer. Nosso querido professor universitário prevendo o que estava por vir, colocou uns casacos na mala, pegou mulher e filhos e se mandou para os EUA.
No novo mundo ganhou um prêmio Nobel, perambulou pelas ruas de New York, fez mais algumas coisinhas e morreu!
Nesse momento não poderia supor que décadas depois estaria entre um dos póstumos teóricos proféticos do Livro Gênesis da Biofísica do “Pastor Marcus” que continua em frente, conduzindo sua “igreja invisível”.
- Terá ele um cão pastor para nos guiar?
Também não entendo muito do assunto de pastoreio, o pouco que sei aprendi no cinema com a Lassie e Baby “o porquinho camarada”: - Vai carneiro ovelha... Blá, blá, blá. E também em casa com um Pastor Alemão com o qual convivo há quase 10 anos.
Mas, falando em Pastor e em Alemão...
OTTO LOEWI (Parte II)
Empolgado com a comprovação cientifica da citação poética, nosso adorado alemão continuou sua diversão com os coraçõezinhos dos finados sapinhos.
Ergueu sua pinça ao alto, como quem ergue uma espada, observou por alguns segundos e escolheu a parte do coração com a qual continuaria se entretendo madrugada adentro. Pinçou o Nervo Vago de um dos corações e o estimulou.
Fico me perguntando: Como? Deve ter dado um choque daqueles, ainda bem que os sapinhos já estavam no Brejo do Céu.
Loewi fiçou eufórico ao notar que o pobre órgão foi parando de bater. Não satisfeito com apenas um, estendeu seu experimento ao outro, enfiou um cano ligando os dois corações e eletrocutou o nervo vago do primeiro, momentos depois o segundo coração também foi parando de bater. Efeito que causou taquicardia no coração do próprio Otto.
Nesse momento, o alemão já imaginava a explicação para o acontecido. Inclusive já sabia até o nome da solução da questão.
- Gute Idee!
Pensou ele relacionando a macabra experiência e seu efeito sobre os corações dos sapinhos com a ação de uma substância. Modesto, (característica incomum aos alemães) resolveu intitular a Solução por um nome genérico, porém pomposo: Vagusstoff.
Mas a saga do nosso cientista estava apenas começando...
Eram tempos de guerra, Hitler subia ao poder e colocava em prática algumas idéias de superioridade da raça pura ariana. O exército do terceiro Reich avançava. E judeus como o Loewi, mesmo que danados de inteligentes e “malvados” tiveram seu destino traçado pelo Führer. Nosso querido professor universitário prevendo o que estava por vir, colocou uns casacos na mala, pegou mulher e filhos e se mandou para os EUA.
No novo mundo ganhou um prêmio Nobel, perambulou pelas ruas de New York, fez mais algumas coisinhas e morreu!
Nesse momento não poderia supor que décadas depois estaria entre um dos póstumos teóricos proféticos do Livro Gênesis da Biofísica do “Pastor Marcus” que continua em frente, conduzindo sua “igreja invisível”.
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